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"Entrevista Exclusiva: Maxim Jaffe, Instrutor de Idiomas do Senac-PI, Compartilha sua Experiência de Ensino de Inglês no Curso de Agentes de Viagens do Senac com o Buzz News"


No último dia 19/06/24, ocorreu a última aula de inglês do curso de Agentes de Viagens no Senac. As aulas foram ministradas por Maxim Jaffe, instrutor de idiomas do Senac-PI.


Ele gentilmente disponibilizou seu tempo para conversar com o Buzz News.

BN- Qual o seu país de origem?*

MJ-Nasci no Reino Unido e cresci em Portugal. Minha mãe é portuguesa e o meu pai britânico. Considero-me luso-britânico.

BN-Você mencionou que ouviu falar da Serra da Capivara através da sua mãe. Pode nos contar mais sobre como ela descobriu esse lugar?*

*● Sua mãe tinha um interesse especial por história ou arqueologia? Como ela soube da Serra da Capivara?*

MJ-A minha mãe, Mila Simões de Abreu, é arqueológa e pesquisadora de arte rupestre, e através de levantamentos realizados sobre arte rupestre no mundo já desde dos anos 80 conhecia o sítio do Boqueirão da Pedra Furada e os trabalhos da Missão Franco-Brasileira liderada por Doutora Niéde Guidon.

Na ocasião do Congresso Internacional de Arte Rupestre em Vila Real, Portugal em 1998, instigou pesquisadores brasileiros a criar a Associação Brasileira de Arte Rupestre (ABAR) que posteriormente a convidou em 2001 para um congresso em São Raimundo Nonato na FUMDHAM, quando teve a oportunidade de conhecer o Parque Nacional Serra da Capivara e os diversos projetos socioambientais da FUMDHAM.

Impressionada com a Caatinga e o Parque Nacional, insistiu que eu visita-se o PARNA em 2006, quando eu ainda estudava em Ecologia e Conservação na Anglia Ruskin University, Cambridge, Reino Unido. Apaixonei-me pelo PARNA e pela Caatinga, e decidi dedicar-me a sua conservação e pesquisa.

Em 2009, através da FUMDHAM à convite de Doutora Niéde Guidon, vim trabalhar e viver no território.

BN-Foi a primeira vez que você deu uma aula de inglês no SENAC?*

MJ-Foi a primeira vez que dei aulas no SENAC, mas já tenho muitos anos de experiência de ensinar inglês como língua estrangeira, através de escolas (ex: Colégio das Mercês), ONGs (FUMDHAM), tutorias, e uma pequena escola de inglês e informática (4u - For You), empreendimento social que fundei em Coronel José Dias - PI.

BN-Quais métodos você utilizou para ensinar inglês nesse curso?*

MJ-No curso Inglês para Agentes de Viagem (English for Travel Agents) foram usados métodos como o diálogo em pares dramatizando situações (ex: reserva de uma viagem), brainstorming em grupo, e jogos de vocabulário (STOP, word bingo, guess a word)

BN-Como você aborda o ensino de gramática versus o ensino de vocabulário?*

MJ-Gramática e vocabulário são aspetos que se complementam no aprendizado do inglês, infelizmente muitas vezes se foca na compreensão abstrata da gramática em detrimento de um uso concreto da gramática em conjunto com vocabulário específico e relevante. Na minha perspectiva a gramática é melhor aprendida através da exposição à exemplos concretos, permitindo o estudantes adquirir de modo natural compreensão gramatical, entrando a apresentação de regras gramáticas abstratas algo a ser feito num segundo momento. Para tal é importante demonstrar o uso da gramática com bastante vocabulário. Gramática sem vocabulário é inútil.

BN-Quais são suas principais dicas para quem está começando a aprender inglês?*

MJ-Faça pequenos exercícios de (10-15 minutos) leitura, escrita, audição, conversação e compreensão. Aprenda, use e revise 2-3 palavras por dia, flashcards. Existem recursos e ferramentas digitais que ajudam nesse sentido (Duolingo, BBC 6 minute English). Practice makes perfect (exercitar cria a perfeição). Ouça filmes em língua original (com legendas no início, sem quando se sentir à vontade), ouça música e rádio em inglês (ex: BBC, NPR). Não tenha medo de falar e errar. Pratique com amigos e família. Por exemplo, explique o significado de uma palavra ou de uma frase.

BN- Você tem algum projeto sobre o qual gostaria de falar?*

MJ'-Eu sou fundador e coordenador do Projeto Quipá, ué um empreendimento social que ajuda pessoas a cuidar da Caatinga Brasileira e das suas comunidades. Atualmente trabalhamos com várias associações comunitárias e territoriais (APASPI). Para quem quiser conhecer um pouco do nosso trabalho visite nossa página de Facebook https://www.facebook.com/projetoquipa/ e website https://quipa.github.io/pt.html

BN- Quantos anos você vive em São Raimundo Nonato?

MJ-Eu já vivi diversos anos na região de São Raimundo Nonato (2009, 2011-2015) e após fazer mestrado e trabalhar em Portugal voltei com a família em 2023. Sempre tive intenção de voltar e mantive um contato próximo com pessoas e organizações do território Serra da Capivara, tendo realizado inclusive uma campanha de campo do Projeto Quipá em 2019.

BN-Você gostaria de deixar uma mensagem para os alunos do curso de Agentes de Viagens?*

MJ-Foi um prazer vos ensinar, testemunhar a vossa paixão pela área do turismo e hospitalidade no território Serra da Capivara. Espero que tenha estimulado um maior interesse pelo Inglês e que tenha contribuído para se sentirem mais à vontade com esta língua cada vez mais global.


Por ; lari Alves 

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